Transtorno: Interdição da ponte sobre o Rio Jequitinhonha afeta linhas de ônibus para Eunápolis, Teixeira e Itamaraju
A interdição total da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, localizada no km 661 da BR-101, no município de Itapebi, desde o dia 5 de maio, está provocando um colapso sem precedentes no transporte intermunicipal e interestadual na região sul da Bahia. A estrutura, que é essencial para o fluxo de veículos entre diversas cidades baianas e outros estados, teve seu tráfego completamente suspenso, afetando principalmente as operações das empresas de transporte rodoviário Águia Branca, Rota e Brasileiro.
Com a interdição, linhas tradicionais sofreram alterações radicais, e várias foram simplesmente canceladas. Os passageiros enfrentam longos desvios e cidades inteiras estão temporariamente sem atendimento. A empresa Águia Branca informou que está oferecendo remarcação ou cancelamento de passagens sem cobrança de taxas, desde que solicitados em até 10 dias úteis.
Desvios afetam principais rotas do estado
A linha Salvador x Teixeira de Freitas, por exemplo, agora precisa passar por Itabuna e Vitória da Conquista, o que aumenta significativamente o tempo de viagem. Com isso, cidades como Camacã, São João do Paraíso e Eunápolis deixaram de ser atendidas.
Outro exemplo é a rota Salvador x Porto Seguro, que passou a seguir por Feira de Santana, Nanuque e Teixeira de Freitas. O novo trajeto exclui paradas em municípios como Gandu, Ubaitaba e Itabuna.
Viagens canceladas
Além dos desvios, algumas linhas foram temporariamente suspensas nesta segunda-feira, 19 de maio, conforme o vídeo do Portal Samuel Figueiro. As viagens Salvador x Porto Seguro, com saída às 21h33 e retorno às 17h40, e Salvador x Itanhém, com saída às 19h17 e volta às 14h, também temporariamente canceladas nesta segunda.
Isolamento preocupa autoridades locais
A ponte interditada é um ponto estratégico para o acesso a municípios importantes como Eunápolis e Porto Seguro, que atualmente enfrentam um cenário de isolamento parcial. A ausência de rotas diretas e a dificuldade logística já causam impacto não apenas no transporte de passageiros, mas também no escoamento de mercadorias e no turismo regional.
As autoridades ainda não divulgaram um prazo oficial para liberação da ponte, e moradores, turistas e empresas seguem apreensivos diante da falta de alternativas viáveis no curto prazo.
A situação exige uma resposta rápida das autoridades federais e estaduais para restabelecer a mobilidade na região e minimizar os prejuízos causados pela interdição.