Teixeira: Idosa de 77 anos espera por cirurgia internada há 15 dias e UNIMED emite nota

Agadema Gonçalves Martins, de 77 anos, diagnosticada com Alzheimer, problemas no coração, diabetes, colesterol e pressão, encontra-se em uma situação delicada devido à burocracia enfrentada para realizar um procedimento cirúrgico de cateterismo. A idosa, internada no último dia, 1º de fevereiro, em uma unidade de saúde particular do município, está exposta a riscos adicionais, como infecções hospitalares e Covid-19, devido à demora no processo de autorização.

Segundo relatos da filha da paciente, ela buscou ajuda no Centro Avançado de Terapia Hemodinâmica (CATHE) nesta quinta-feira, 15 de fevereiro, na tentativa de agilizar o procedimento. Contudo, foi informada de que a autorização da UNIMED, plano de saúde da idosa, é necessária para prosseguir com o processo.

Diante das várias tentativas, a família foi informada que por conta do processo burocrático pode haver ainda, a necessidade de uma consultoria médica podendo demorar até 21 dias, o que não se encaixa na atual situação, já que a paciente está internada e não fora da unidade hospitalar.

Questionada sobre o caso, a UNIMED Extremo Sul esclareceu alguns pontos referentes aos procedimentos médicos e agendamentos. Segundo a operadora de saúde, a definição de urgência e emergência é regida por legislação específica e não contempla agendamentos prévios, sendo direcionada a situações que demandam intervenção médica imediata, como mal súbito, acidentes pessoais e intercorrências gestacionais.

Por outro lado, procedimentos que não se enquadram nessa categoria são classificados como eletivos e estão sujeitos à agenda disponível dos profissionais e prestadores de serviço. A UNIMED Extremo Sul salientou que não interfere na gestão das agendas médicas e que os prazos para atendimento são estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Diante desse cenário, a família da paciente enfrenta uma espera angustiante, aguardando a autorização para o procedimento cirúrgico necessário. Enquanto isso, a paciente permanece vulnerável, exposta a complicações de saúde devido à demora no processo:

Confira a resposta da UNIMED na íntegra:

Em resposta aos questionamentos feitos, pontuaremos as explicações a fim de facilitar o entendimentos acerca dos temas envolvidos:

1. A definição de Urgência e Emergência é dada por legislação específica e, basicamente, está condicionada a uma demanda de atendimento iniciada através de um Pronto-Socorro, evoluindo ou não para uma internação – clínica ou cirúrgica. Na prática, situações como estas não estão “programadas” para acontecer, portanto não há agendamento prévio para o beneficiário ser atendido. Exemplos: mal súbito, acidente pessoal, intercorrência gestacional… Casos assim não são tratados inicialmente em consultórios médicos, mas sim em prontos-socorros para uma intervenção médica imediata. O tratamento posterior a esse primeiro atendimento dependerá da avaliação do médico assistente, podendo, inclusive, continuar a nível ambulatorial – ou seja, continuação do tratamento em consultório médico, com agendamento de consulta. Cirurgias de urgência são solicitadas diretamente pelo Hospital, via sistema e têm prioridade absoluta.

2. Qualquer outro tipo de atendimento que não inicie no Pronto-Socorro é classificado como Eletivo. O atendimento eletivo é aquele que o beneficiário agenda consulta, exames, procedimentos e cirurgias e, para tanto, deve obedecer à agenda disponível dos profissionais e prestadores de serviço que realizarão o atendimento.

3. A Unimed Extremo Sul não gerencia as agendas dos médicos, nem dos diversos serviços credenciados para darem atendimento aos seus 23.200 beneficiários. O Conselho Federal de Medicina garante ao médico a flexibilidade e forma de organização da agenda da forma que melhor lhe convier, não podendo a operadora de plano de saúde exigir exclusividade; ou seja, o médico tem o direito de organizar sua agenda para atendimentos particulares, de beneficiários da Unimed e de outros convênios.

4. As marcações de consultas e demais procedimentos são feitas pelo beneficiário, e os pedidos de autorização são trafegados via sistema de informática entre o Prestador e a Unimed, podendo ocorrer intercorrência nos atendimentos em função dos sinais de internet – da Unimed Extremo Sul e do local de execução. A capilaridade do Sistema Unimed exige, nos casos em que o beneficiário esteja fora do extremo sul da Bahia, que haja intermediação da Unimed Local para solicitar a autorização.

5. Os prazos para atendimento são impostos pela própria ANS, devendo a Operadora, no caso de consulta médica, garantir a Especialidade Médica demandada, e não o profissional de escolha do beneficiário. E no casos das cirurgias eletivas – aquelas em que o médico indica a necessidade, mas não evoluiu de um atendimento de pronto-socorro – o beneficiário deverá aguardar o agendamento do hospital e autorização da operadora de plano de saúde – autorização que poderá demorar, dependendo da necessidade de análise por parte de consultoria especializada, de cotação e compra de materiais especiais a serem usados na cirurgia, etc.

6. A Unimed Extremo Sul possui o Setor de Relacionamento com o Cliente, que detém a rotina de Autorizações, e que está a disposição do beneficiário para esclarecimentos e acompanhamento dos processos de autorização; também temos o canal Fale Conosco e nosso APP Unimed Extremo Sul (disponível para Android e IOS).