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Rádio Difusora AM completa 30 anos
Escrever e falar sobre a Rádio Difusora AM 580 de Teixeira de Freitas me leva de volta ao passado e me faz recordar os bons tempos do rádio teixeirense, vividos nos anos 80, até final dos anos 90, pelo seu padrão de qualidade. Ao mesmo tempo me causa tristeza, indignação e até descontentamento com a decadência da emissora a partir do finalzinho dos anos 90, após a entrada no mercado teixeirense do Rádio FM.
Fundada em 1982 a Rádio Difusora AM, prefixo (ZYH 483/580 KHZ), foi a primeira emissora de rádio a se instalar na região, na época Teixeira de Freitas ainda era um pequeno povoado que pertencia aos municípios de Alcobaça e Caravelas, e a concessão desta emissora para o então povoado de Teixeira de Freitas foi uma grande vitória para a futura cidade que iria nascer três anos depois, sendo que a emissora teve papel fundamental no processo de emancipação político- administrativa de Teixeira de Freitas.
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A Rádio Difusora AM foi fundada em setembro de 1982, três anos antes da emancipação de Teixeira de Freitas, e começou a funcionar oficialmente no dia 15 de novembro do mesmo ano. A emissora completará no dia 15 deste mês 30 anos de fundação e de relevantes serviços prestados a cidade e região.
Eu, por ter iniciado na emissora naquele ano, completo também 30 anos de profissão. A emissora foi fundada pelos senhores Temóteo Alves de Brito e o seu sócio, de prenome Juarez, ele que conseguiu junto ao Ministério das Comunicações, na ocasião, para o então povoado, à concessão de uma Rádio AM com quilo na antena (1.000 Watts).
Eles iniciaram o projeto em caráter experimental no início daquele ano e no mês de setembro colocou a emissora no ar em caráter de experiência, após longos meses adquirindo os equipamentos e aguardando a liberação do órgão fiscalizador da época, “Dentel”.
A Difusora funcionou durante muitos anos na Avenida Marechal Castelo Branco, onde está instalada atualmente o Bobs Restaurante. Começava a se formar ali os primeiros profissionais do rádio e da imprensa do Extremo Sul. A inauguração desta emissora foi um marco na história do município, o seu pioneirismo proporcionou oportunidade para a formação de muitos profissionais da comunicação da região, é inegável a importância da Rádio Difusora no desenvolvimento da cidade, pois durante todos esses anos tem prestado excelentes serviços à comunidade local e regional. Sem a concorrência do Rádio FM, que viria cerca de cinco anos depois, a Difusora AM e a coirmã Alvorada, também AM, reinaram absolutas durante meia década, que considero como os anos dourados do rádio do município, naquele tempo o trabalho era realizado com mais profissionalismo do que os dias atuais, as emissoras eram compostas por profissionais de alto nível, e abnegados com suas respectivas responsabilidades, e as suas programações eram comparadas as grandes emissoras do país.
Como remanescente da época, entristeço-me com o descaso da administração-geral da Rede para com esta emissora, Rede esta composta por quatro outras emissoras. A direção-geral abandonou de vez a mãe de todas as rádios do Extremo Sul, que, atualmente, ainda funciona pelo fato da paixão de dois ou três integrantes apaixonados pela profissão que fazem das ‘tripas coração’ para manter a emissora no ar. Não tenho dúvida de que a única salvação das emissoras AM, em especial da AM “580” ,que completa trinta anos de existência, seria uma injeção de recursos para a aquisição de novos equipamentos e a contratação de pessoal qualificado para que fosse instituída uma nova programação e a imediata desvinculação da rede, para que a mesma pudesse tentar caminhar com as suas próprias pernas.
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A emissora na década passada viveu a sua pior fase desde a sua fundação, chegando a ficar completamente abandonada pela direção, inclusive, ficou, um ano completo, fora do ar, apesar de ter melhorado um pouquinho nos últimos três anos ainda se encontra necessitando de revitalização, se conclui que foi exatamente após o atrelamento da mesma com a atual Rede Sul Bahia de comunicação que veio a decadência, pois ela é vista pela atual direção de maneira discriminatória, administração essa que durante os últimos 20 anos passou a deixar de lado as AM dando preferência total a FM Caraípe, a partir daí o fracasso da emissora pioneira da região, que hoje poderia muito bem ter, no mínimo, cinco quilos de potência, fato que, certamente, transformaria a emissora num marco regional com capacidade de gerir os seus próprios recursos para a sua manutenção. Como o seu mais antigo e persistente prestador de serviço com passagem também pela Rádio Alvorada AM, emissora componente da rede, tenho que agradecer e parabenizar em nome da mesma aos poucos componentes da equipe que ainda militam na emissora e que com teimosia continuam a acreditar na sua redenção.
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