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Polícia prende assassinos de Gilmar São Leão; eles usavam uniforme da Polícia Militar

25/04/2014 - 18h01Por: Sulbahianews/Uinderlei Guimarães

A Polícia Civil deflagrou e concluiu no início da semana a “Operação São Leão”, que resultou na identificação e prisão dos autores do homicídio Gilmar Borges São Leão, 45 anos.

                       Gilmar São Leão chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital em Teixeira

O crime ocorreu no dia 21 de março de 2014, na Estrada do Corró, zona rural de Itanhém, a vítima trafegava em uma motocicleta próximo a fazenda de Edite Jardim quando foi alvejada com um tiro nas costas. Segundo informações, Gilmar ainda tentou fugir, mas, foi baleado com mais dois disparos.

Ele chegou a ser socorrido por uma unidade do Samu e foi transferido para o Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, onde acabou morrendo no dia seguinte.

                   Delegados de Teixeira de Freitas e Itanhém participaram da operação São Leão

A operação chefiada pelo delegado Marcus Vinícius, da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, com participações dos delegados Jorge Nascimento, de Itanhém, e dos titulares, Marco Antônio Neves, Wendel Ferreira e Kleber Gonçalves, prendeu Gilmar da Silva Caraíba, 29 anos, Arthur Neves de Barros, o “Paraíba” de 24 anos; Walas Rigo Pinho, 23 anos; André Pinho Paixão, 26 anos; e José Hélio Pereira de Araújo, 67 anos;  todos moradores de Teixeira de Freitas.

                                    As armas usadas no crime foram apreendidas e periciadas

Com eles foi encontrada uma espingarda calibre 12 com um cartucho intacto, além de um revólver calibre 32 e outro calibre 28, munições e uniformes da Polícia Militar da Bahia; nove camisas, quatro calças, duas capas de colete, uma boina e um boné.

As investigações revelaram que no dia 14 de março, Walas, Gilmar e Arthur, os dois últimos vestidos com uniforme da Polícia Militar, foram até a estrada do Corró com objetivo de cometer o crime, mas, a vítima, Gilmar São Leão, não foi encontrada. Eles chegaram a montar uma falsa blitz e realizaram diversas abordagens no local.

                              Os assassinos usaram uniforme da PM para tentar emboscar Gilmar

Nesse mesmo dia, o trio usava um Fiat Pálio Branco alugado em Teixeira de Freitas, já no dia 21, os acusados usaram outro carro da mesma locadora, dessa vez, um Fiat Uno Vivace, vermelho. Os dois veículos foram alugados em nome de Gilmar, que já foi preso por falsificação de documentos, e usou apenas uma fotocópia da Carteira Nacional de Habilitação nos contratos de locação.

De acordo com as investigações desenvolvidas pelo Serviço de Inteligência (SI), o crime está relacionado ao homicídio de José Antônio Pinho Paixão, o “Tonho de Rael”, morto no dia 27 de janeiro de 2011, na Fazenda Itaporanga, zona rural de Itanhém.

Wallas, filho de “Tonho de Rael”, teria descoberto que Gilmar São Leão foi o autor do assassinato do seu pai, e, juntamente com seu tio André, combinou de pagar a quantia de R$ 2.500,00 pela morte do São Leão.

O crime foi executado por Gilmar Caraíba e Arthur Neves. Walas estava presente no momento do assassinato, mas, não desceu do carro.

A espingarda calibre 12 foi usada por Arthur e foi encontrada na casa de José Hélio, autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Hélio pagou fiança e responderá o processo em liberdade. O revólver calibre 32 foi encontrado com Arthur, que indicou onde estava o revólver calibre 38 usado por Gilmar.

Ainda na operação, a Polícia Civil conseguiu identificar o cheque no valor de R$ 500,00 que foi dado por André como parte do pagamento.

Investigações também dão conta que Arthur já teria morado com um policial militar, e por isso teria as fardas da PM, a Polícia Civil encaminhou um ofício ao 13º Batalhão, que deve apurar de que forma e por qual motivo os uniformes foram deixados pelo policial na casa de Arthur, mesmo tendo se desvinculado dele e ido morar em outro local.

                                      Da esquerda para a direita: Arthur, André, Gilmar e Walas

De acordo com o SI, na época do assassinato do sargento Borges, em março de 2010, integrantes da Família São Leão afirmam que uma nota vinculada em jornal impresso teria informado que “Tonho de Rael” ligou para a polícia antecipando a informação de que alguém estaria tramando a morte do sargento. “Tonho” chegou a receber a visita de um dos São Leão, que pediu que ele provasse sua inocência, já que teria negado ter feito a ligação; meses depois, ele apareceu morto. Ninguém foi preso pelo homicídio.

O delegado Marcus Vinícius disse que a polícia está investigando se realmente essa publicação teria sido vinculada.

Arthur, Gilmar Caraíba, Walas e André Pinho tiveram as prisões preventivas decretadas e estão à disposição da Justiça de Itanhém.

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