Mucuri

Mulher enterra o filho e após exumação é encontrado material de ritual de magia negra

12/11/2013 - 07h30Por: Liberdadenews

ma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) composta pelos peritos Bruno Melo, Pablo Bomjardim e pelo perito médico Welson Jorge, com o auxiliar de necropsia José Francisco (Chicão) se deslocou até o distrito de Itabatã, pertencente ao município de Mucuri, para fazer uma exumação, supostamente de uma criança, que teria sido enterrada sem uma Declaração de Óbito (DO) – documento assinado por um médico que acompanhou o paciente no momento da doença, ou, efetuou a necropsia, podendo, assim, afirmar a causa da morte da pessoa.

Segundo o delegado titular de Mucuri, Charlton Fraga, uma senhora, identificada como Edileuza Pinto da Silva, moradora de Itabatã, que trabalha como mototaxista no distrito, teria enterrado a criança, que seria seu próprio filho, no cemitério local, sem o documento. A ação teria sido feita no período noturno e sem o conhecimento dos funcionários do cemitério. Após ter sepultado a criança, Edileuza teria tentado tirar uma Certidão de Óbito no Cartório de Mucuri. Desconfiado da história, os funcionários do Cartório procuraram a polícia.

Diante das alegações da suposta mãe, o delegado não teve outra opção a não ser solicitar a exumação do corpo da criança para apurar a realidade das informações da mulher e, caso fosse verdade, a possível causa da morte do falecido. Antes do pedido, o delegado ouviu várias testemunhas e todos informavam que nunca viram a Edileuza com criança, e nem sabiam que ela poderia ter um filho de pouco mais de um ano, como alegava a mototaxista.

Segundo o coveiro, há uns dois meses, a mulher lhe procurou no cemitério para sepultar uma criança, mas, como estava tarde, ele orientou que viesse na manhã seguinte.

Na manhã de terça-feira (12/11), o delegado Charlton e sua equipe, juntamente com os peritos do DPT de Teixeira, se dirigiram ao cemitério para os procedimentos de exumação. Segundo o perito Bruno Melo, o caixão estava enterrado a aproximadamente 60 centímetros, tratava-se de uma urna funerária infantil e dentro da mesma só foi encontrado penas de aves, restos de carne em decomposição, possivelmente três corações bovinos, pés de galinhas, diversas velas de “macumba” e uma foto, que não foi possível o reconhecimento, devido o desgaste do tempo e da decomposição dos materiais no interior do caixão.

Ainda segundo o perito Bruno Melo, a foto pode ser de alguém que seria o alvo do ritual da magia negra e ainda havia pedaços de tecido, possivelmente da pessoa da foto. De acordo com o delegado Charlton, a mulher colocou na cabeça que tinha uma criança e que a mesma havia falecido e provocou todo esse problema, sendo preciso deslocar todo o aparato do Estado para a exumação de restos de animais e materiais de magia negra. Ainda segundo o delegado, Edileuza vai responder por crime de registro de nascimento inexistente e falsidade ideológica.


Deixe seu comentário