Ato de solidariedade

Manifestantes pedem soltura de empresário preso por tráfico em Teixeira

07/12/2020 - 12h38Por: SulbahiaNews/Siara Oliveira

Amigos e familiares de Gilson Neres de Souza, de 51 anos, dono da transportadora Nação Turismo, realizaram na manhã desta segunda-feira, 7 de dezembro, um protesto em prol da soltura do comerciante detido durante uma ação da Caema que resultou na apreensão de drogas em Teixeira de Freitas.

Gilson foi preso em flagrante no último dia 3, depois que uma denúncia anônima levou os policiais até o galpão onde ficam armazenadas mercadorias trazidas para Teixeira pela transportadora. Na operação, mais de 100 quilos de drogas foram apreendidas.

De acordo com Luciane Carvalho, esposa do Gilson, amigos, familiares, clientes, passageiros e comerciantes locais se uniram para realizar ações em defesa do dono da transportadora.

Luciane explica que foi criada uma vaquinha para pagar honorários de um advogado para provar a inocência do acusado, “vimos por aí pessoas dizendo que Gilson é bem sucedido, mas essa não é a verdade, estamos pedindo ajuda de todos porque não temos como pagar o advogado”.

Gilson trabalha com transporte de passageiros e encomendas vindas de São Paulo a Teixeira, e do município teixeirense até o Brás, na capital paulista.

Luciane disse em entrevista ao Sulbahianews, que na semana passada três ônibus partiram de São Paulo com destino a Teixeira, e em um deles haviam três caixas que não continham destinatário e remetente. “Não é comum a gente realizar isso e não estamos conseguindo entender como essa mercadoria foi parar dentro do ônibus, porque em cada transporte existe um profissional para etiquetar com nome, cidade e destinatário de cada pacote”, disse.

“Gilson não estava no ônibus que transportou a mercadoria, ele estava em outro veículo que quebrou em Itabatã, e quando ele chegou em Teixeira, a mercadoria já estava dentro do galpão. Uma pessoa ligou para o meu esposo dizendo que estava vindo de Porto Seguro para pegar uma encomenda que veio de São Paulo, mas como já era por volta das 22 horas, ele disse que não dava para pegar a chave com o funcionário e pediu que ele fosse até o depósito no outro dia pela manhã, que a mercadoria seria despachada. No outro dia, a Polícia já chegou lá e meu esposo não sabia de nada, nem o que estava dentro das caixas”, contou Luciane.

O advogado de defesa, Paulo Andrade, adiantou que o processo já foi encaminhado para a promotoria e o juiz marcou uma audiência que deve acontecer nesta terça-feira, 8, para definir se Gilson será posto ou não em liberdade.

Para o advogado, a ação dos amigos que vieram de diversas cidades (Medeiros Neto, Nanuque, Ibirapuã, Nova Viçosa e Mucuri) nesta segunda-feira, só demonstra que o comerciante é uma pessoa decente, e vídeos atestam depoimentos da honestidade de Gilson.

Paulo Andrade destacou que Gilson não tem antecedentes criminais e que o delegado responsável pelo caso já pediu as imagens das câmeras de segurança do local onde ficam as mercadorias no Brás, em São Paulo, o que deve ajudar a identificar a origem das drogas apreendidas.

A manifestação realizada nesta manhã, saiu em uma carreata da Rua Mauá, em frente à transportadora de Gilson com destino ao Ministério Público, onde o ato foi encerrado.


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