Entenda

Lajedão e mais 9 cidades da Bahia podem ser extintas com novo pacto federativo

10/11/2019 - 08h00Por: G1/BA

Dez cidades baianas podem ser extintas com as mudanças no pacto federativo propostas pela PEC que foi enviada ao congresso, nesta semana, pelo Governo Federal.

O projeto prevê que municípios com menos de 5 mil habitantes e arrecadação própria menor que 10% da receita total sejam incorporados a cidades vizinhas.

De acordo com o Ministério da Economia, há atualmente 1.254 municípios no país dentro desses parâmetros.

Na Bahia, segundo dados divulgados para o G1 nesta quinta-feira (7) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), as cidades são: Aiquara, Catolândia, Contendas do Sincorá, Dom Macedo Costa, Gavião, Ibiquera, Lafaiete Coutinho, Lajedão, Lajedinho e Maetinga.

Entre elas, Catolândia tem a menor população, com 3.555 mil habitantes, e Gavião a maior, com 4.487 mil moradores. Em relação à receita tributária, Maetinha é a que menos arrecada, com 2,22%, e Contendas do Sincorá lidera, com 4,49%.

Vejas as 10 cidades da BA que podem ser extintas com novo pacto federativo

Municípios         População          Receita Total (R$)            Receita Tributária (R$)  Receita Tributária (%)

Aiquara                4.478                15.492.413,69    565.760,57          3,65%

Catolândia          3.555                15.249.846,74    419.631,24          2,75%

Contendas do Sincorá    4.086       16.872.240,02    757.317,51          4,49%

Dom Macedo Costa       4.050     15.140.658,48    465.729,48          3,08%

Gavião  4.487     16.128.770,47     440.979,14          2,73%

Ibiquera              4.043            15.628.980,43    344.873,06          2,21%

Lafaiete Coutinho                      3.757     20.062.794,12    512.614,77          2,56%

Lajedão               3.934              17.695.340,18    1.074.627,56      6,07%

Lajedinho           3.808             16.377.784,95    667.558,72          4,08%

Maetinga            3.577               23.113.438,55    513.185,74          2,22%

O que prevê a PEC do pacto federativo

  • Cria o Conselho Fiscal da República que se reunirá a cada três meses para avaliar a situação fiscal da União, estados e municípios. O conselho será formado pelos presidente da República, Câmara, Senado, Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal de Contas da União (TCU), governadores e prefeitos;
  • Extingue o Plano Plurianual (PPA);
  • Leis e decisões judiciais que criam despesas só terão eficácia quando houver previsão no orçamento;
  • Os benefícios tributários serão reavaliados a cada 4 anos. No âmbito federal eles não poderão ultrapassar 2% do PIB a partir de 2026;
  • A partir de 2026, a União só será fiadora (concederá garantias) a empréstimos de estados e municípios com organismos internacionais, e não mais com bancos;
  • Prevê a transferência de royalties e participações especiais a todos estados e municípios;
  • União fica proibida de socorrer com crédito entes com dificuldades fiscal-financeiras a partir de 2026;
  • Estados e municípios passarão a receber toda a arrecadação de salário-educação e a definir o uso dos recursos;
  • Permite que o gestor administre conjuntamente os gastos mínimos em educação e saúde, podendo compensar um gasto de uma área na outra;
  • Cria o Estado de Emergência Fiscal que vai desindexar despesas obrigatórias e cria mecanismos automáticos de redução de gastos.

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