Irmão adolescente é investigado por estupro de vulnerável contra as irmãs em Nova Viçosa
A percepção aguçada de uma médica plantonista e um desenho feito por uma criança de 10 anos foram cruciais para desvendar um caso chocante de supostos abusos sexuais contra duas irmãs, com idades de 10 e 15 anos, no bairro Alcione, em Nova Viçosa. O principal suspeito é o próprio irmão das vítimas, um adolescente de 17 anos, que teria cometido os crimes contra as irmãs.
O caso foi registrado na noite da última segunda-feira, 03 de novembro, por volta das 20h20, quando a Polícia Militar foi acionada pela enfermagem da Clínica Municipal. A equipe de saúde relatou a chegada da menina de 10 anos, que apresentava sintomas agudos de ansiedade. A médica que a atendeu estranhou o comportamento da paciente e, com cuidado, questionou-a sobre o ambiente familiar.
Diante da suspeita de violência sexual, a clínica acionou imediatamente o Conselho Tutelar, uma psicóloga e a PM. Foi a psicóloga quem conseguiu, por meio de uma abordagem lúdica e segura, que a menina de 10 anos fizesse um desenho ilustrando a natureza dos toques que sofria. O esboço e seu relato verbal deixaram claro que ela era tocada nos seios e nas partes íntimas, e que teria havido até mesmo conjunção carnal.
Em seu depoimento, a menina mais nova revelou ainda que suas irmã de 15 anos, também eram vítimas dos mesmos abusos. A equipe do Conselho Tutelar localizou e ouviu a irmã de 15 anos, que confirmou a versão. O adolescente de 17 anos, suspeito dos crimes, compareceu à clínica e negou todas as acusações.
A irmã mais velha foi submetida a exame de corpo de delito. A menina de 10 anos também foi encaminhada para perícia médica. Conforme explicou o delegado Maderson Souza Dias, “não houve nenhum indício de violência sexual constatado no exame de segunda-feira (3). Existe a suspeita de que essas vítimas estariam sofrendo violência sexual há dias passados“. A confirmação depende agora do laudo pericial completo.
O adolescente suspeito, acompanhado do pai, e as vítimas, acompanhadas pelo Conselho Tutelar, foram conduzidos à Delegacia da Polícia Civil de Teixeira de Freitas para prestar depoimento. Não houve prisão em flagrante devido à natureza dos fatos, que não foram presenciados no momento. O processo investigativo foi instaurado pela Delegacia de Nova Viçosa, que aguarda o laudo da perícia para concluir as investigações e tomar as providências cabíveis em relação ao suspeito.