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Cultivo de Uvas em Ibirapuã é destaque no cenário nacional
A cidade de Ibirapuã com atividades expressivas na agricultura e pecuária no extremo Sul da Bahia, é um dos principais municípios no cenário do desenvolvimento econômico do Estado. A mandioca, principal produção no setor da agronomia, hoje divide espaço com o cultivo de uvas.
A variedade plantada por lá, é a uva de mesa Niágara rosada, destinada na sua maioria para consumo “in natura”, mas com parte da lavoura destinada para produção de vinhos e sucos.
São Paulo, Minas Gerais e Paraná, são os principais estados produtores da Niágara, mas a evolução tecnológica contribuiu para que o cultivo ganhasse força em regiões de clima tropical, como Ibirapuã, por exemplo.

Estudo feito por pesquisadores da Embrapa Semiárido de Petrolina (PE), e da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves (RS), mapeou as áreas do Nordeste que apresentam clima mais favorável ao cultivo irrigado de uva destinada para consumo in natura e para elaboração de vinhos. Segundo o levantamento, praticamente não há restrição térmica para a produção de uvas de mesa, comestíveis, na região. As zonas com maior aptidão para plantio de uvas para consumo in natura abrangem o oeste dos estados da Bahia, Pernambuco e Paraíba e a quase totalidade do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.
A produção no extremo Sul baiano, Ibirapuã, começou a dar os primeiros passos em 2015, depois de muitos estudos e experimentos. O resultado é um produto orgânico, e diferente do Sul, com safra uma vez por ano, Ibirapuã tem duas safras anuais, produtividade comparada aos vinhedos do Vale do São Francisco, que pôs abaixo, a crença de que a uva não poderia brotar das terras do semiárido.