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Caema, Rondesp e Peto: três forças especiais da PM no Extremo Sul

04/04/2019 - 08h35Por: Sulbahianews/Uinderlei Guimarães

As forças especiais são preparadas para participar nas chamadas operações especiais: aquelas que se dão em um ambiente e circunstâncias não comuns e pouco corriqueiras, que requerem resposta especial por parte das forças de segurança (locais, estaduais ou mesmo nacionais).

Estas situações incluem a guerra não convencional, contra-terrorismo, reconhecimento militar e ação direta.

Elas têm sua definição ligada à proximidade com o gerenciamento de crises, como o resgate de reféns com ou sem explosivos, com a incursão em território inimigo, uso de armamento de ponta e táticas especiais para cada caso.

As demandas específicas de uma operação especial definem o tipo de adestramento, armamento e equipamento a ser conduzido. Não raro, as operações especiais exigem uma combinação de capacitações específicas, armamentos e equipamentos especializados pouco comuns às forças convencionais.

No Extremo Sul, três unidades especializadas da Polícia Militar reforçam a segurança pública, integradas por militares que detêm treinamento de comandos para realização de missões contra forças irregulares e operações que exigem uma ação mais complexa.

CIPE Mata Atântica/CAEMA

A CIPE Mata Atlântica foi criada através da Lei Estadual N° 9002 de 29 de janeiro de 2004 e inaugurada no dia 27 de agosto de 2004 para desenvolver o policiamento especializado na região do extremo Sul da Bahia, com a Base localizada no distrito de Posto da Mata, município de Nova Viçosa.

A Caema, como é popularmente conhecida, tem como missão precípua o combate ao crime organizado, intervenção e gerenciamento de crises em presídios e cadeias públicas, além de atender a todos os casos em que o policiamento regular não esteja suficientemente preparado para fazer frente à criminalidade.

Para atender toda essa região e evitar a instalação de quadrilhas organizadas, a Companhia dispõe de equipamento bélico (armamento) e recursos materiais para poder exercer o seu papel com eficiência e eficácia. Sua área de atuação abrange 21 municípios localizados numa área de 31.000 Km², com população aproximada de um milhão de pessoas, tendo como limites geográficos divisa com o Estado das Minas Gerais a oeste, ao norte o Rio Jequitinhonha, a leste o Oceano Atlântico e ao sul o Estado do Espírito Santo.

RONDESP/SUL

A Rondesp (Rondas Especiais) surgiu como uma operação do antigo Comando de Policiamento da Capital (CPC) e era empregada com uma única viatura operacional, que servia ao capitão PM coordenador, fiscalizando e supervisionando todos os serviços operacionais dos finais de semana, feriados e no período noturno e diurno na cidade do Salvador.

Após a transferência dos Batalhões de Polícia Militar da capital para o interior, desmembrando a área de atuação para Companhias Independentes de Polícia Militar (CIPM), verificou-se uma maior necessidade de apoiar estas unidades no combate ao crime. Desta forma, foi criada a Operação Rondesp. A maior parte dos policiais que estão nas rondas, vieram do Batalhão de Polícia de Choque e das Companhias Especiais.

As rondas especiais têm como missão fundamental fornecer à população das cidades onde este policiamento está implantado apoio tático móvel na atividade de segurança pública, além de servir de tropas de reação imediata e reforço operacional da capital, nas diversas áreas de atuação das Unidades Operacionais, dentro dos seus CPRs.

Em julho de 2008 a tropa da Rondesp foi elevada a uma formatação maior, seguindo o desejo do Comando da PMBA de transformar a Operação Rondesp em uma estrutura de Batalhão. Para isso, chegou-se a fazer estudos junto a Rota da PMESP e o BOPE da PMERJ, para formar a nova doutrina da Unidade valor Batalhão. Porém, no ano seguinte a ideia da criação do Batalhão de Rondesp foi remodelada, surgindo Companhias Independentes de Policiamento Tático (CIPT – nome constitucional).

PETO

O Pelotão de Emprego Tático Operacional – Peto, em Teixeira de Freitas, substituiu a Companhia Independente de Polícia Militar, que encerrou as atividades no município com a extinção do 13º Batalhão de Polícia Militar.

O BPM deu lugar à 87ª CIPM, seguindo as normas da Leis de Organização Básica (LOB) em abril de 2015, quando também foi implantado o 13º Batalhão de Ensino, Instrução e Capacitação (BEIC).

Nesta ocasião, diversos policiais do Ceto migraram para o então Peto, também instituído nas demais CIPMs do Extremo Sul.

Com a mobilidade do efetivo, poder de fogo nas diligências, boa comunicação entre as guarnições e instrução continuada, o Peto é, também, uma das principais forças especiais da PM no combate aos crimes violentos contra a vida, tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e outras ocorrências de maior complexidade que necessitem de uma intervenção mais especializada do policiamento.

A seleção continuada que é feita, mantendo no ceio dessa tropa apenas policiais de conduta reta, faz do Peto mais uma ferramenta operacional lançada pela PM com fundamental importância no combate à criminalidade.


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