Aeroporto de Teixeira deve ter gestão municipal e voos regionais a partir de 2026
O secretário de Relações Institucionais do governo da Bahia, Adolpho Loyola, esteve em Teixeira de Freitas nesta sexta-feira, 3, onde apresentou novidades sobre o futuro do aeroporto 9 de Maiol. Durante entrevista à imprensa, Loyola revelou que o Estado avalia a possibilidade de repassar ao município a gestão do terminal, como parte de um plano para viabilizar a retomada dos voos comerciais.
Em agosto deste ano, o governo da Bahia decretou a caducidade do contrato com a empresa São Francisco Administração Aeroportuária Ltda., responsável pela gestão dos aeroportos de Teixeira de Freitas e Caravelas. A decisão, publicada no Diário Oficial, foi fundamentada no descumprimento de cláusulas contratuais e na ausência de investimentos em manutenção e modernização das estruturas, que permaneceram subutilizadas e sem atrair novas companhias aéreas.
Segundo Loyola, o objetivo agora é adotar um novo modelo de administração. Ele acrescenta que há um estudo para o município de Teixeira de Freitas assumir a gestão do aeroporto. Essa descentralização pode facilitar a retomada das operações e permitir uma maior articulação com as demandas locais.
A proposta do governo é que os voos sejam regionais, utilizando aeronaves de pequeno porte, com capacidade para nove passageiros. O secretário destacou que apesar de a estrutura do aeroporto comportar voos maiores, hoje não há indicativo de atração de grandes companhias aéreas para rotas interestaduais. Por isso, o foco no modelo de voos regionais, que já representam um avanço importante para a mobilidade do extremo sul da Bahia.
A expectativa é que o plano comece a sair do papel a partir de 2026, quando Teixeira de Freitas poderá voltar a contar com operações regulares. A medida é vista como estratégica para impulsionar a economia local, facilitar o deslocamento de empresários, profissionais liberais e turistas, além de fortalecer o papel do município como polo regional.
Com a gestão municipal e apoio do governo estadual, a prefeitura terá a responsabilidade de estruturar o terminal para atender às exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), além de dialogar com operadores interessados em oferecer os voos regionais.