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Teixeira: CRAM está capacitado para atender o público LGBT+

16/02/2021 - 09h33Por: Sulbahianews/Débora Rezende

Uma vida livre de violência e de discriminações é um direito de todas as mulheres. Para as mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais, porém, a possibilidade da violência, em casa e fora dela, é uma realidade muito presente, devido vários preconceitos enraizados na população.

No caso das mulheres cisgênero heterossexuais, a violência doméstica normalmente é praticada pelos seus parceiros ou ex-cônjuges, enquanto no caso de mulheres lésbicas, bissexuais e transgêneros, além da violência sofrida em relacionamentos, a maior parte das ocorrências partem do âmbito familiar.

Nos casos das travestis e transexuais, por exemplo, além da violência sexual motivada por transfobia, ainda precisam enfrentar o constrangimento quando, no ambiente familiar, sua condição não é respeitada.

Pensando nisso, o Departamento de Polícia do Interior (DEPIN), juntamente com a 8° COORPIN, realizou curso intitulado “A Violência Doméstica contra as mulheres e ao grupo vulnerável LGBTQIAP+”, ministrado pela coordenadora geral Valéria Fonseca Chaves.

O curso ocorreu no fim do ano de 2020, e teve seu foco voltado para a especialização do atendimento à mulheres bissexuais, lésbicas, transgêneros, travestis e quaisquer outras pessoas que se identifiquem socialmente como MULHERES.

Entre os temas discutidos na especialização, foram abordados os preconceitos praticados contra o grupo, e principalmente, a necessidade de tratar a mulher agredida por seu nome social. Visto que, uma das mais recorrentes violências cometidas contra essas mulheres trans e travestis  é quando lhe tiram o nome social ou quando a mídia, sem nenhuma necessidade, expõe o nome de registro da vítima  ou utilizam um tratamento masculino.

A iniciativa teve como foco, além de minimizar os efeitos da violência doméstica a essas mulheres, permitir que se sintam abraçadas em seu espaço de direito.

“O CRAM está de portas abertas para receber qualquer mulher que precisar de ajuda ou assistência, seja ela cis, bi, trans ou não binária. Esse é um espaço de acolhimento, e a nossa equipe está preparada para realizá-lo”, enfatiza Ednamar Metzker, coordenadora do CRAM.


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